DECORAÇÃO, PERTENCIMENTO, CASA PRÓPRIA E ABUNDÂNCIA

Volto 3 anos no tempo, moro num lugar ao qual me sinto pertencente. Lugar que transformei em lar. Onde vi minha filha crescer, aprender a ler e a criar laços…
Tinha um jaRdim delicioso, onde eu me sentia plena. Mas apesar disso tudo eu sabia que aquele não era o meu lugar e sentia que era hora de buscar o que era meu.

Passamos um ano procurando um nova casa em uma nova cidade e estado.
Um ano de muito sentimento misturado, dúvidas, esperanças, incertezas… Momentos de exaustão, medo de não conseguir, mas ao mesmo tempo uma certeza absurda que que ia rolar, de que a gente ia encontrar o que a gente tava procurando. A gente precisava de um milagre.

E assim foi.
Dia 5 de julho de 2013 eu entrava pela primeira vez na minha casa. A minha! Aquela que eu não precisaria pedir autorização pra fazer uma jardim ou pra quebrar uma parede.
Alguém consegue imaginar a alegria que eu, Eder e Doricas vivíamos naquele momento?
Como eu ia decorar e transforma minha casa nova num lar, que me representasse, em que eu me sentisse bem, em que eu me sentisse pertencente? Como seriam os próximos dias, meses, anos?

Eu prometi ir mostrando as transformações aqui não foi? Prometi mostrar a casa e mostrar à medida que um lar fosse nascendo.
Isso aconteceu pouco, bem pouco mesmo… A verdade é que eu fui permitindo que essa alegria fosse morrendo. Eu fui me conformando e de repente eu me vi triste com a minha casa.
Quando mudamos eu, sem querer, criei uma regra. A regra de que eu não podia gastar dinheiro com decoração naquele momento e que também não tinha tempo.
Eu alimentei essa regra e mesmo que tivesse mexido aqui e alí e feito muitas tentativas, mesmo que tivesse tentando fazer alguma coisa, a danada da regra de que eu não podia gastar dinheiro com a decoração da casa deu força à regra de que eu só poderia decorar a casa quando sobrasse dinheiro.
Ora bola, quantas vezes eu arrumei cantinhos deliciosos com criatividade e com o que eu já tinha em casa? Porque agora que eu realmente precisava fazer dessa forma tinha que ser diferente, porque agora era um empecilho?

Mas foi assim que foi.
Eu fiquei triste porque não tinha mais um jardim lindo pra cuidar, pra relaxar.
E porque eu não tinha disponível a grana suficiente pra construir um rápido, eu também não me permiti ir construindo um aos poucos.
Porque eu acreditei que não tinha grana pra realizar as mudanças que eu gostaria, eu deixei de realizar as mudanças que eu poderia.

Num determinado dia eu me percebi dizendo que não gostava daqui. Foi doído perceber isso, foi sim.
Mas a parte boa foi que eu percebi que eu poderia mudar isso, eu percebi que eu estava olhando só o que eu não tinha, que eu estava me conectando com a escassez e por isso não enxergava a abundância e o que eu já tinha.

Eu tinha latas de tinta e corante guardados
Eu tinha móveis, estragando na chuva…
Eu tinha paredes vazias na sala e quadros estragando entulhados no “quartinho da bagunça”
Eu tinha janelas precisando de cortinas e tecidos guardados mofando.
Eu tinha caixas para sapato guardadas acumulando poeira e sapatos soltos embaixo da cama.

Eu aprendi que eu precisava me reconectar, olhar para o que eu queria e não para o que eu não queria. Colocar energia no que eu eu quero, porque o que cresce é aquilo em que eu coloco energia e atenção. Se eu voltar minha atenção para o que eu não quero, adivinha o que vai crescer?

Bom… Uns meses depois
AINDA não tenho a entrada dos meus sonhos, mas tenho móvel turquesa me recebendo com alegria e me lembrando de que eu posso.
Quando eu abro a porta de casa a primeira coisa que vejo é uma parede INCRÍVEL, me lembrando que eu posso porque eu acredito.
E quando eu sento pra trabalhar, tem uma cortina, LINDA que eu estampei com carimbo, que costurei e que me deu uma satisfação enorme de fazer, de ver ficar pronta, principalmente por ter envolvido todos aqui em casa. Ela é o meu lembrete de que se eu acreditar, eu posso voar.

Eu ainda não tenho um jardim dos sonhos, é verdade. Mas é no meu quintal tem um pé de caju, alguns de mamão. Um de acerola e um de pitanga (esses ainda não dão, mas um dia darão). Tem um muro horríveeeeel, que está ganhando vida enquanto uma trepadeira LINDA cresce abundantemente e cobre de verde e lilás a feiura do muro.
E eu tenho tempo pra cultivar no meu quintal o que eu quiser, aos poucos, com calma, com o que está disponível no presente e aguardando o que anda ainda não está disponível, mas que virá.
E cada vez que eu faço uma almofada nova, ou penduro um quadrinho o prazer e a alegria de ter um lugar pra chamar de meu, só aumenta.

O curioso é que eu percebi isso tudo, quando comecei a fazer um treinamento para crescer o meu negócio.
Foi ouvindo Simone Mitjans (minha mentora de sucesso, olha que máximo!) que eu fui olhando pra dentro de mim, me conhecendo e percebendo como a gente cria regras que só nos atrapalham e que muitas vezes nem nos damos conta disso.
Eu estou aprendendo a dizer sim a mim mesma e a me apaixonar por mim e por minhas potencialidades.
Se quiser saber mais sobre isso, pode me perguntar que eu terei uma alegria imensa em te apresentar a Simone. (É só deixar nos comentário)

E eu estou me comprometendo a voltar aqui mais vezes para falar de mais mudanças que ando realizando por aqui (inclusive trazer coisas que fiz e nem mostrei antes).
Não sei ainda qual será a frequência, mas eu volto logo. Prometo!

Um beijo cheio de carinho e saudade!

Evinha


esse post foi publicado originalmente no antigo blog: as peripécias de eva agora ele compõe o acervo/arquivo de evinha c!

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